Fotos: Paulo Siqueira
Archive for March, 2011
Alegria, Tristeza, Futebol – Guiné-Bissau X Uganda
Sunday, March 27th, 2011Arquipélago de Bolama-Bijagós, Paraíso na África
Tuesday, March 22nd, 2011No fim de semana que passou viajei para o Arquipélago de Bolama-Bijagós, na Guiné-Bissau, que foi classificado pela UNESCO, em 1996, como Reserva de Biosfera.
Até então, não tinha saído de Bissau e estava bastante curioso sobre o que ia ver pela frente.
A viagem foi cheia de coincidências. Começou há alguns dias, quando não consegui ir porque não tinha lugar no hotel. Fiz então a reserva e consegui lugar para o fim de semana seguinte.
Tinha planejado ir de ferry, numa viagem de quatro horas. O Abbas, gerente do hotel me ligou e disse que teriam um barco mais rápido disponível. A viagem, apesar de mais cara, duraria apenas uma hora.
Na sexta-feira, dia marcado para a partida, a dona do hotel, me ligou. Não vai mais ter o barco.
Preparei-me psicologicamente para as quatro horas no ferry. Bom, disse ela, mas vai ter uma “avioneta”, e você pode vir com ela, pagando o mesmo que o barco. Vibrei, a viagem seria de apenas 15 minutos.
No fim da tarde fui ao aeroporto esperar a “avioneta”. Esperei também pelos outros passageiros. Para a minha surpresa, apareceu um grupo de quatro brasileiros, dos quai eu já conhecia três. Foi uma festa.
Subimos no pequeno avião, e eu fui de copiloto. Foi interesante ver Bissau do alto, as ilhas do Arquipélago se aproximando.
O pouso foi numa pista que mais parecia uma mistura de pasto e uma estrada de terra. No nosso caminho, algumas cabras e pessoas que, rapidamente, abriram espaço para o pouso perfeito do pequeno avião. Parabéns ao nosso jovem piloto.
Chegamos à ilha de Bubaque. De lá, pegamos uma barco que nos aguardava e, depois de mais quinze minutos, chegamos ao paraíso. Ou melhor, ao Hotel Ponta Anchaca.
Fomos recebidos na praia pela simpática Solange, uma francesa que é proprietária do Hotel. A comida do restaurante do hotel, que fica num deck sobre o mar, é excelente, bem servida, simples, com bons pratos de peixes frescos e camarões. Estes mais pareciam lagostas, pelo tamanho e sabor.
O quartos são de muito bom gosto, e ficam na beira do mar. Espetacular!
Tomei muitos banhos de mar, dormi bastante, caminhei solitário pelas areias brancas da praia, vendo o sol se por atrás dos coqueiros.
Saudades da família!
Um único acidente. Uma amiga pisou numa arraia e foi picada no calcanhar. Depois do susto e alguma dor, tudo voltou ao normal.
O fim de semana passou voando e, no fim da tarde do domingo, também de “avioneta”, voltamos à realidade de Bissau.
Fotos: Paulo Siqueira
Bissau, Carnaval e Trabalho!
Monday, March 7th, 2011Em Lisboa, à Caminho do Continente Africano
Thursday, March 3rd, 2011Novamente na estrada e, mais uma vez, de volta ao continente africano.
Vou trabalhar por um mês na Guiné-Bissau. Estou muito curioso, pois é uma país de língua portuguesa. O segundo país de língua portuguesa, fora o Brasil, onde trabalho. O primeiro foi o Timor Leste.
Ante de chegar a Bissau, capital da Guiné-Bissau, fiz uma escala técnica em Lisboa, Portugal. Cheguei por volta do meio-dia de um domingo. O avião para a África partia somente às 10 horas da noite.
Aproveitei para desfrutar algumas horas na linda capital portuguesa, e que, segundo um amigo português, é a mais linda cidade do mundo, depois do Rio de Janeiro.
Bom, a primeira preocupação ao passar pela imigração e sair no saguão do aeroporto, foi o almoço. Peguei um táxi e fui para a região de Alcântara, onde fica a Taberna Ideal.
A Taberna foi recomendação de uma amigo português, um especialista em cozinha, o qual conheci, há alguns anos atrás, no Timor Leste. O amigo já tinha feito a reserva e o meu lugar estava garantido na pequena e simpática Taberna.
A indicação não podia ser melhor. Frequentada por famílias de portugueses. O único turista era eu.
A comida deliciosa, o preço justo, o vinho ótimo. Saboreei um atum grelhado com ervas e batatas. Tudo na medida certa.
A simpática Taberna tem várias opções e o menu fica na parede, onde é atualizado diariamente, dependendo do que está disponível no mercado.
Depois da boa refeição, uma caminhada pelo centro de Lisboa aproveitando o lindo dia e o céu azul. Um café e de volta ao aeroporto.
À noite, embarquei para Bissau, para um voo de quatro horas. Curioso por chegar, não senti o cansaço da viagem que começara no dia anterior, no aeroporto de Viracopos, em Campinas.
Ao chegar a Bissau, ao passar pela imigração, paguei 85 euros pelo visto. Tudo certo, aguardei a minha bagagem junto à uma multidão de pessoas, passageiros, carregadores, militares, funcionários e uma freira brasileira, que mora já a quatorze anos na Guiné-Bissau. Ao sair do aeroporto, o motorista me aguardava com uma placa na mão onde estava escrito o meu nome.
Pelo caminho esburacado e escuro, cheguei ao hotel. Um bom começo de viagem, não é mesmo?
Fotos: Paulo Siqueira