Florianópolis, SC – Depois do meu último trabalho na Nigéria, resolvi descansar um pouco junto com a família. Estou em “Floripa” curtindo a praia e sol, e também bastante calor. Descansar, quando se trabalha por projeto, é muito relativo. Na verdade, a gente não descansa nunca, pois está sempre antenado. Recebi uma proposta para uma rápida missão no Iraque, mas não aceitei. O meu plano é ficar por aqui até o fim de janeiro. Também estou trabalhando numa proposta para um trabalho em em São Paulo, quem quiser saber mais, dê uma olhada no site da Exadigital.
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Música da África
Thursday, January 13th, 2011Lilongwe-Dubai-São Paulo
Tuesday, April 6th, 2010Minha última viagem, a que fiz ao Malawi, foi muito especial. Foi meu primeiro trabalho no continente africano. De Lilongwe, a capital, fui para Blantyre e Zomba, no sul do país. Foram cinco horas de carro até Blantyre, e mais uma hora entre Blantyre até a cidade de Zomba, onde participei de uma reunião.
O motorista não era grande coisa e, receoso de um acidente, passei a administrar suas temerárias ações ao volante bem de perto. Funcionou e, com a ajuda de uma gratificação em mil kwachas (moeda local), mais ou menos dez reais, sobrevivemos!
A estrada, em boa parte, era a linha divisória com Moçambique. Posso afirmar que, muitas e muitas vezes, tive a sensação de estar no Brasil.
Em Blantyre, onde fiquei por cinco dias, trabalhei bastante e tive pouco tempo para turismo. De toda maneira, a noite, íamos jantar em diferente restaurantes. Comida com muita influência indiana e chinesa. A temperatura estava agradável, o que possibilitou algumas caminhadas pela cidade. No céu, o cruzeiro do sul brilhava.
O Malawi, é um dos países mais pobres do mundo, mas devo dizer que fiquei surpreso. Apesar da pobreza, que me parece muito mais consequência de problemas administrativos e corrupção, o país é lindo, a população alegre e o clima muito agradável.
De volta a Lilongwe, o ponto alto foi um passeio no mercado livre. O mercado, situado no bairro mais popular, é um intrincado amontoado de barracos de madeira onde se vende de tudo, de comida, a roupas, remédios, CDs, fitas cassetes, e até peças de carro. Nosso motorista, o Matinga, nos acompanhou. O que nos deu coragem para andar pelos labirintos do mercado e por suas estreitas passagens.
As fotos não eram bem-vindas, mas consegui fotografar alguma coisa.
Depois de duas semanas no Malawi, e muito trabalho, com direito a insônia e tudo, voei para Nairobi, no Quênia, de lá para Dubai e depois para São Paulo. No total, foram mais de quarenta horas de viagem, com algumas sonecas nos saguões do aeroportos.
Finalmente cheguei em casa, depois de um bom tempo trabalhando fora do Brasil.
Fotos: Paulo Siqueira
Destino Lilongwe, Malawi
Sunday, March 28th, 2010Na semana passada sai de Dubai para passar duas semanas na África. Estava bastante curioso porque seria a minha primeira viagem ao continente africano.
Deveria pegar o avião em Dubai às 2:30h da manhã. O vôo da Kenyan Airlines só saiu às 7:30h. Um atraso inicial de “apenas” cinco horas. Cheguei em Nairobi, Quênia,quatro horas depois, para pegar a minha conexão para Lilongwe, no Malawi. O vôo também estava atrasado. Bom, para resumir, cheguei em Lilongwe às 18:30h do sábado.
Apesar dos atrasos, foi uma viagem bem interessante. Fiquei surpreso com a chegada ao aeroporto, tudo tranquilo e arrumado. Peguei um táxi, trinta minutos depois já estava no Sunbird Hotel. E, devo dizer, feliz da vida.
O Malawi ficou bem conhecido porque foi onde a cantora Madona adotou uma criança algum tempo atrás. No domingo, peguei uma táxi e fui conhecer o Lago Malawi, que fica a aproximadamente 110 quilometros do hotel. Lindo e imenso, parece que estamos vendo o mar, e mal se enxerga a margem oposta, onde fica Moçambique.
Passei algumas horas num hotel à neria do lago, tomando um suco e vendo a vida passar tranquila. Nesta região visitei uma fazenda de crocodilos, onde, segundo informação local, são criados 18 mil crocodilos. Quando atingem três anos de idade, são mortos e a pele é exportada para confecção de cintos, bolsas e sapatos. Os crocos consomem 500 quilos de frango por dia. É realmente impressionante.
Outro passeio interessante foi numa fazenda de peixes ornamentais. Os peixes são são capturados no lago. São cerca de 125 espécies e, também, segundo informação local na qual não não acredito, existem mais de 1,000 espécies no lago, algumas delas ainda não catalogadas. O peixe mais conhecido é o Chambo. É o prato principal no Malawi e pode ser encontrato praticamente em qualquer restaurante. Foi o que jantei naquele dia.
A região do lago recebe muitos turistas, locais e internacionais, principalmente durante o fim de semana, acomodação parece ser fácil, uma vez que existem diversos hotéis na região.
Tentei visitar uma área de animais selvagens, mas, infelizmente, a estrada estava intransitável por ser a estação de chuvas.
Foi um passeio interessante. Está tudo muito verde, vi diversas tribos ao longo do caminho. O Malawi, muitas vezes, me fez lembrar do Brasil, pela população, vegetação, topografia, e, em alguns momentos, pela pela pobreza. Sim, somos muitos parecidos.
Fotos: Paulo Siqueira