Tenha trabalhado bastante. Nos últimos dias, cumpri uma agenda de viagens que me fez cruzar os céus de Moçambique várias vezes. Sai num belo domingo de céu azul, pela manhã. Fui de Maputo à Beira, na Província de Sofala, por avião, um modelo Embraer, creio o EMB 120, o qual achei muito confortável.
De Beira, fui ao ao Distrtito de Bózi, numa viagem de mais de 130Km de carro, boa parte feita em uma estrada de terra. Voltei no mesmo dia. De Beira voltei a Maputo para, no dia seguinte, voar para Tete e Quelimane, no Distrito de Zambézia. Zambézia é conhecido com pequeno Brasil. Não consegui descobrir o motivo. Talvez por ter uma clima agradável e lugar de gente simpática. Finalmente regressei a Maputo, numa fria madrugada de sábado, depois de uma semana bem agitada.
Tive a oportunidade ver paisagens maravilhosas, sobrevoar o Rio Zambese, um nome que me remete às lembranças da infância e às histórias de aventuras e caçadas.
Entre atrasos, esperas intermináveis, cancelamentos de voos, noites mal-dormidas, e algum medo e sustos provocado pela desconfiança dos aviões, apreciei a boa hospitalidade Moçambicana, sua cultura e, deliciosamente, para o meu imenso prazer, a culinária típica local.
Com sabor africano, experimentei, entre outros pratos, a Mucapata, feito de arroz, feijão soroco e coco; lagostas, camarões e peixes grelhados, com o vermelho, o serra e a garoupinha; os deleiciosos caranguejos; e também a famosa e tradicional galinha à zambeziana.
Tenho que reconher que o meu trabalho, às vezes, me encanta!
Fotos: Paulo Siqueira